Por: João Henrique Couto Scotto

A Revolução Russa

Eu gostaria de começar essa empreitada — sim, é um caminho árduo num mundo negacionista — falando sobre temáticas como o Comunismo, o Fascismo, o Liberalismo e o Nazismo. Enfim, esses ismos que, nesse caso, significam formas de coesão de ideias e ainda permeiam nossos mundos. Por isso, é importante entendermos o que eles significam. Aqui, proponho uma breve introdução a esses elementos, buscando sugerir leituras para complementarmos esses temas. Então, boa leitura!

1917, Rússia. Estamos no mês de fevereiro. Lembro que o calendário do Império Russo era o juliano; portanto, eles estavam alguns dias “atrás” do calendário gregoriano — o que usamos hoje. Fez um frio do caramba e, num cenário em que a Rússia ia de mal a pior na Primeira Guerra, a fome tomava conta do país. E aqui eu já começo falando do Comunismo, que, se você observar na obra de Marx (A Ideologia Alemã), ele basicamente afirma que ser comunista é ser materialista, ou seja, para Marx, ser comunista é entender que as condições materiais — o trabalho, a fome, as fábricas, o dinheiro — moldam as ideias. Não é o pensamento que cria a realidade, é a realidade concreta que molda o pensamento. Em outras palavras, quem olha o TikTok consegue fazer umas dancinhas doidas porque há essa “coisa” que influencia nosso pensamento. Já o profe João não dança, mas joga videogame pra caramba e chega à aula com sono e atrasado — viu só? Para Marx, são essas “coisas”, essa materialidade, que constroem parte do nosso ser. Os demais são como o Pablo Marçal: acreditam que é o pensamento que constrói a realidade. Por isso, se liguem e sejam otimistas — vocês vão vencer na vida! (Sarcasmo puro, 2025)

Você, meu caro idealista, não vai pensar como Karl Marx e não vai entender que, no passado da humanidade, houve sempre uma disputa entre aqueles que possuem e não querem trabalhar e aqueles que não possuem e têm que trabalhar. Por isso, para ele, a História era a história da luta de classes! Bom, em 1917, muita gente lia e acreditava nesse materialismo, a começar por mulheres que haviam decidido, desde a Internacional Comunista em Copenhague, que haveria sempre, no último domingo de fevereiro, uma manifestação feminista em busca de melhores condições e igualdade com relação aos homens. E estava chegando o último domingo de fevereiro. Então, as feministas — e lembro que o feminISMO é uma coesão de ideias que buscam a igualdade do gênero feminino em relação ao masculino; é simples, mas tem gente que não entende… será que já leu algum livro escrito por uma mulher? — enfim, as mulheres da cidade de Petrogrado, capital do Império Russo, decidiram sair para protestar, mesmo ameaçadas por uma tradicional guarda de elite do Czar — os hussardos — aos gritos de “Pão, Paz e Terra”. 

No último domingo de fevereiro, dia 23, uma multidão de mulheres, apoiadas por muitos homens operários, exigia melhores condições de vida. Até a polícia deixou, e isso fez com que os protestos aumentassem e prosseguissem durante os dias 24 e 25 de fevereiro. No dia 26, o czar Nicolau II exigiu maior repressão, e a morte de trabalhadoras e trabalhadores fomentou o descontrole do movimento. No dia 27 de fevereiro, os trabalhadores atropelaram a polícia e seguiram para o Palácio Táurida, onde funcionava a Duma — o parlamento de mentirinha da Rússia.

É ali que nós vamos ter uma divisão. Há um vácuo de poder criado por essa revolta, e, por isso, é no parlamento russo fantoche, a Duma, que haverá uma discussão sobre os próximos passos. Naquele lugar e naquele tempo, o Kadet era o partido majoritário. Ele tem nome de “carro velho” porque, em russo, se chamava Konstitutsionno-demokraticheskaya partiya — para nós, Partido Constitucional Democrático.

Mas os Socialistas Revolucionários também estavam presentes — afinal, a mão armada da revolução era deles. Houve uma reunião bem tensa na Duma, e, a partir dali, formou-se um governo provisório e dual, ou seja, por um lado, havia os Kadets; por outro, os socialistas mantinham certa influência. É a partir daí que a ordem de renúncia e prisão de Nicolau II é realizada. Bem diferente do geniozão e meu inimigo intelectual Tiago Braga (2025) escreve:

A pressão do povo foi tão grande que o imperador Nicolau II só teve uma alternativa: renunciar! Nessa revolução autêntica, o povo russo derrubou o Império Russo com suas próprias mãos e um governo democrático foi a escolha de todo o povo russo.

Gente, eu sei — ele é youtuber —, mas também escreve suas porcarias na Gazeta do Povo. Eu peguei de lá e não paguei pela leitura, só pra você saber. Mas ele vai continuar as suas falácias e eu quero humilhar ele mais um pouquinho, olha o que o charlatóviski Braga (2025) destaca;

Mas aí você me pergunta: “Onde que estava Lenin, Stalin e Trotsky nesse momento épico da história russa, eles deveriam estar lá liderando o povo em sua conquista, certo?” Errado. Lenin estava na Suíça, Stalin na Sibéria e Trotsky nos States. Mas o fato é que eles não tiveram nada a ver com essa Revolução do povo, nada! Essa revolução não teve liderança nenhuma dos comunistas: foi uma revolução liberal feita pelo próprio povo.

Será que, para ele, o comunismo existia somente na mente desses três nomes? Quero usar esse absurdo na fala dele para lembrar que tudo começou em uma passeata feita por mulheres em um último domingo de fevereiro, conforme combinado por comunistas em Copenhague, em uma Internacional Comunista. No nosso calendário atual, é 8 de março – o Dia da Mulher. Para quem não sabe, o Dia da Mulher é uma data comunista! Os demais trabalhadores que aderiram às manifestações estavam organizados em sovietes – conselhos de trabalhadores, cujo primeiro foi criado por Trótski, membro dos mencheviques, um grupo dissidente do Partido Operário Russo, também comunista.

Mas ainda estamos na Revolução de Fevereiro, e a revolução definitiva só aconteceria em outubro. Até lá, o que aconteceu? Bom, é importante entendermos que o czar Nicolau II foi deposto no começo de março e que se abriu uma fragmentação política, ou seja, cada grupo defendia seu lado. O Governo Provisório foi encabeçado pelo príncipe Lvov, um liberal; junto a ele estavam lideranças dos Kadets, como Pavel Miliukov e Alexander Guchkov — nomes difíceis de pronunciar, mas que basicamente assumiram os ministérios das Relações Exteriores e da Guerra. Por isso, mesmo com decretos que favoreciam a melhoria das condições dos trabalhadores e das demandas populares, pretendendo uma conciliação, a declaração de Pavel Miliukov em manter a Rússia na guerra causou grande impacto e, em 18 de abril, o Governo Provisório foi refeito, mantendo Lvov no poder.

É importante destacar que não eram apenas os liberais que tinham suas demandas, como honrar os compromissos militares com as nações aliadas. Os operários e soldados também tinham suas exigências, e os sovietes (comitês de trabalhadores locais) eram os espaços de debate dessas demandas. Os operários buscavam mais respeito, como o fim das revistas e multas nas empresas, e os soldados buscavam iniciativas que garantissem uma paz justa, sem derrota militar ou perda territorial. Até abril, havia um consenso geral entre a Duma e o Soviete de Petrogrado (o principal soviete) de que a Revolução Russa vivia seu momento de hegemonia burguesa e que cabia aos sovietes garantirem a fiscalização do governo e apoiar as demandas populares. É interessante notar que o Soviete de Petrogrado tinha por volta de 600 mil membros, entre operários (200 mil) e soldados (400 mil). No entanto, a elite dirigente era composta por socialistas e trabalhistas, que controlavam as pautas e ações do soviete. Isso começaria a mudar em abril, com a chegada de um tal de Vladimir Lênin.

Vladimir Ulinóv, sob o pseudônimo de Vladimir Lênin, havia liderado, junto a vários companheiros — entre eles Tserderbáum (mais conhecido por seu pseudônimo, Martov) —, em 1895, a fundação de uma Associação de Luta pela Libertação da Classe Trabalhadora. Como muitos comunistas perseguidos pela polícia política dos Romanov (que também realizava pogroms contra os judeus), acabou sendo exilado na Sibéria. Mesmo assim, um partido se fundou: o Partido Operário Social-Democrata Russo. Em 1903, um congresso reuniu as 51 mais influentes personalidades do comunismo russo — e lá estavam Lênin e Martov. A partir daqui eu vou inserir um trecho do livro de China Miéville (2017, p. 30).

Na 22ª sessão do encontro, abre-se um abismo entre os delegados, uma cisão digna de nota não apenas pela profundidade, mas também pela aparente banalidade do seu catalisador. A questão é se o membro do partido é aquele que “reconhece e apoia o programa do partido com recursos materiais e com sua afiliação pessoal regular sob a direção de uma das organizações do partido” ou “participando pessoalmente de uma das organizações do partido”. Martov reivindica a primeira. Lênin aposta tudo na segunda.

No começo das votações, Martov parecia que venceria, mas o abandono de grupos socialistas como o Judeu Bund e os marxistas economicistas permitiu a vitória de Lênin. A partir daí, houve um racha entre os marxistas: os menchinstvó (minoria, em russo) ficaram com Martov, e os bolchinstvó (maioria) ficaram com Lênin. Daí vem a ideia de que os marxistas mais duros são os bolcheviques e os mais moderados, os mencheviques. Na verdade, dentro desses grandes grupos havia diversas divergências e características diferentes — o espaço não era tão bem delimitado quanto parece.

Agora que você entendeu que mencheviques e bolcheviques são dissidências do marxismo russo, deve imaginar que a chegada das Teses de Abril, escritas por Lênin, abriria um campo de disputas dentro do campo dos socialistas russos. Ah, é: Lênin estava na Suíça e, graças ao conselho de Martov, teve coragem de negociar seu retorno à Rússia atravessando a Alemanha, sob a condição de permanecer em um trem fechado, sem contato com ninguém durante o trajeto. Os alemães cederam — para eles, Lênin era um político capaz de enfraquecer a unidade russa, tornando a guerra mais fácil. Para Lênin, essa passagem pela Alemanha poderia lhe trazer a fama de traidor da pátria; era arriscado, mas necessário. No dia 4 de abril, no Palácio Táurida, Lênin apresentou suas teses, cujo tema principal era a criação de uma “República dos Sovietes”, excluindo os burgueses do Governo Provisório. Essa ideia foi vista como absurda pela maioria dos socialistas, inclusive entre os bolcheviques. De maneira geral, havia uma conciliação entre liberais, socialistas revolucionários e mencheviques em torno da permanência no conflito.

Eu falando de muitos grupos políticos, mas e o povo? Na verdade, em todos os campos havia uma elite dirigente, intelectual — o povo, em geral, respondia a esses políticos como massa de manobra. Porém, e aqui o charlatóviski Braga se equivoca ao dizer que os comunistas não eram o povo, vocês perceberão que essa elite dirigente começará a responder às demandas populares. Sim, o povo participou ativamente desse processo, pois eram suas necessidades e pressões que passaram a mover a política na Rússia.
Se eu ficar só em abril, o texto não vai andar, então vamos acelerar um pouco essa história. O enfraquecimento dos Kadets no governo fica evidente em maio, pois suas ações não resultam em melhoria prática da vida dos trabalhadores e soldados. Enfraquecidos, eles cederam o Ministério da Guerra ao socialista revolucionário Keriénski. Popular, ele liderou uma grande ofensiva militar entre junho e julho — a derrota foi devastadora, com 400 mil baixas. Desmoralizados, houve deserções em massa, e alguns batalhões se rebelaram em Petrogrado. Nesse contexto, os bolcheviques foram acionados para liderar uma revolução, pois eram os únicos contrários à guerra; porém, Lênin se opôs. Quando a poeira baixou e o governo retomou o controle, Lênin foi acusado de ter liderado a rebelião e de ser um agente do governo alemão — lembram daquela história do trem? Pois é. Lênin foi obrigado a colocar uma peruca (o que era fácil, já que era careca) e fugir para a Finlândia. Sua companheira, Krúpskaia, não ficou para trás: atravessou as frias e elevadas florestas até chegar a Lênin.

Mas estou falando muito dos comunistas — e isso incomoda algum leitor braguete (mas aposto que o tamanho do texto já deve ter feito os braguetes desaparecerem). Mesmo sabendo que não há nenhum fã do sujeito por aqui, vou falar dos conservadores, muitos deles pré-fascistas, se assim podemos dizer. Em julho, ganhava força na Rússia uma direita golpista que visava uma ditadura nacionalista — e isso vem, inclusive, da autora que o Charlatóviski mais usa: Sheila Fitzpatrick (2017, p. 90).

No verão, essa via estava sendo discutida em altos círculos militares e tinha poio de alguns industriais. Havia sinais de que até mesmo os Kadeti, que obviamente teriam se posicionado contra um movimento assim antes de sua ocorrência e em pronunciamentos públicos, talvez o aceitasse como fato consumado e com alívio.

O golpista foi Lavr Kornílov, ministro da Guerra nomeado por Keriénski, que havia se tornado chefe de governo. O discurso de Kornílov era agressivo: pregava disciplina e hierarquia no exército e na sociedade em geral — e, óbvio, defendia o fim dos sovietes, tudo em nome da Rússia. É aquele papinho de “Deus, Pátria e Família”: ele já pensava assim. Pena para os braguetes que o golpe fracassa, graças à mobilização dos operários em Petrogrado. Kornílov é preso em 30 de agosto. É nesse contexto que Lênin acompanha todos os acontecimentos no exílio, enquanto escreve sua obra O Estado e a Revolução.

Setembro chega, e três movimentos políticos distintos começam a ocorrer em meio à fragmentação militar dos russos na frente de combate. Lembram do Keriénski? Pois é, ele está acuado no governo, sem apoio popular e nem dos Kadets. Então, para ele e seu grupo golpista, o mais interessante seria apelar para a formação de um terceiro governo provisório; para isso, lideraria um diretório que efetivasse essa transição. Por outro lado, nos sovietes, a radicalização desde a vitória sobre Kornílov permitiu que os bolcheviques assumissem a direção de vários conselhos. Kamenev, um bolchevique moderado, buscava, na Conferência Democrática de 14 de setembro, convencer os deputados dos sovietes a apoiar a formação de um governo socialista, aproveitando a aliança entre bolcheviques, mencheviques e socialistas revolucionários na ação contra o golpe de Kornílov.

E aqui vem o último movimento: o de Lênin. Apesar de ter mudado de ideia algumas vezes, Lênin voltou a escrever e clamou aos bolcheviques que a hora era de uma insurreição revolucionária — e ela deveria ser liderada pelo Partido Bolchevique. A decisão sobre o que fazer ficaria para outubro.

Outubro: o mês em que a História ganharia um novo capítulo de rompimento — algo impensável para nós, pobres alienados do século XXI. Basicamente, os alemães forçaram os exércitos russos de tal forma que o governo de Keriénski começou a cogitar mudar a capital de Petrogrado para Moscou. Isso enfureceu os socialistas, e é nesse contexto que Lênin “força a barra” para sua ideia de insurreição. Ele envia cartas a diversos comitês falando sobre a necessidade urgente de uma tomada do poder pelos bolcheviques. Aquele lema de “Todo poder aos sovietes” já dava lugar à tomada de poder pela elite dirigente, para garantir outra demanda do povo: “Pão, Paz e Terra!”. E, só para constar, Lênin passa a ter um aliado forte nesse processo de convencimento: Trótski, que agora, como bolchevique, liderava o soviete da capital — aquele que ele mesmo ajudara a fundar.

Com as discussões se aprofundando nos comitês e sovietes, Keriénski, ainda no poder, descobre os planos e tenta articular a defesa do regime, seja tentando relocar tropas do front para a capital, seja se organizando politicamente. Enquanto isso, Lênin e Trótski prometiam não tomar ação alguma sem a realização de um congresso e o aval de todos. Porém, em 24 de outubro de 1917, o Estado-Maior do Exército manda levantar as pontes da cidade de Petrogrado, assim como em julho — o que enfurece a população. Foi um corre-corre para dominar as cabeças de ponte; até as mulheres do Batalhão da Morte correram para proteger as pontes do Palácio de Inverno, mas, durante a noite, as massas já controlavam a maioria delas.

Enquanto isso, na política, também havia uma corrida nos bastidores. Lênin chegava na madrugada do dia 25, vindo da Finlândia; no parlamento, mencheviques e socialistas revolucionários articulavam uma coalizão exclusivamente socialista. Já Keriénski se via cada vez mais encurralado, ainda mais com a chegada de navios da marinha repletos de revolucionários. Às 11 da manhã do dia 25 de outubro, ele fugiu em busca de reforços.

Lênin queria a tomada do poder antes da abertura do Congresso dos Sovietes, para poder anunciar que a insurreição havia obtido êxito — em grande parte, graças ao apoio do Comitê Revolucionário Militar, que comandava as ações em Petrogrado. Duas ações marcariam o longo 25 de outubro de 1917: a disputa pelo Palácio de Inverno, onde as tropas dos Kadets ainda estavam entrincheiradas, e o II Congresso dos Sovietes, onde Trótski, Lênin e Martov debatiam suas posições. Alguns mencheviques e socialistas revolucionários — incluindo Martov — saíram contrariados com a decisão de tomada de poder feita por Lênin.

Assim, às 5 horas da madrugada de 26 de outubro de 1917, o manifesto de Lênin foi aprovado por ampla maioria dos presentes no Congresso. O governo revolucionário havia sido proclamado.

Golpe ou revolução? Calmaaaa, tem um intruso aqui! “E assim, nasceu a ‘Revolução’ Russa: um golpe de Estado orquestrado por uma minoria elitista que se aproveitou das circunstâncias para tomar o poder. Mas não tema!” (Braga, 2025). O pseudo-historiador faz a gente se sentir inteligente — talvez esse seja o segredo do seu sucesso. Na verdade, podemos considerar golpe a ação de Lênin no II Congresso dos Sovietes, pois, ao agir pela insurreição, ele impediu qualquer tentativa de formulação de um governo provisório a partir de uma coesão socialista. Porém, foi principalmente uma revolução: o mesmo II Congresso aprovou as demandas do povo, como “Paz e Terra” e outras ações, como o controle operário e o direito à secessão. Nunca na história houve tanta concessão às maiorias. E aqui fica uma coisa bem clara: o Congresso não apoiou mudanças feitas de cima para baixo, como funciona no governo liberal que o Tiaguinho tanto ama — essas mudanças foram feitas de baixo para cima. E você, quer algo mais revolucionário do que isso?




Referências Bibliográficas

BRAGA, Thiago. Revolução Russa: revolução ou golpe? Gazeta do Povo, 10 set. 2023. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/thiago-braga/revolucao-russa-revolucao-ou-golpe/. Acesso em: 17 out. 2025.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.

MIÉVILLE, China. Outubro: história da Revolução Russa. São Paulo: Boitempo, 2017.

FITZPATRICK, Sheila. A Revolução Russa. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007.

LÊNIN, Vladimir Ilitch. O Estado e a Revolução. São Paulo: Boitempo, 2010.