Nós podemos chamar de Grécia Antiga toda a região que, durante a Antiguidade, foi habitada por falantes do grego. De maneira geral, a maior concentração desses falantes se localizava sempre nas margens do mar Mediterrâneo, em especial no território que atualmente compreende a própria Grécia, parte da Turquia, da Itália, entre outros. Bom, para começarmos a entender esse processo, precisamos analisar os períodos da história grega e o que cada um deles contribuiu para a formação dessa cultura.
Nossa história vai começar na ilha de Creta, onde, tudo indica, por volta de 8 mil a.C., um povo nômade vindo da região da Turquia tenha se estabelecido na ilha, criando, posteriormente, uma civilização palaciana. Diversas civilizações foram se sucedendo e, por volta de 1700 a.C., temos um período chamado de neopalaciano, no qual se percebe um grande desenvolvimento do comércio marítimo, além da escrita e da arquitetura local. É nesse auge que encontramos o maior de todos os palácios, construído em Cnossos, no morro de Khepala, com um tamanho aproximado de 13 mil metros quadrados. Em geral, os palácios minoicos apresentavam uma grande estrutura, como labirintos, oficinas, estradas, além de aposentos e salas de trono.
De maneira geral, essas civilizações da ilha de Creta mantinham forte comércio com outros povos do Mediterrâneo, como os egípcios e os fenícios, dos quais provavelmente adquiriram crenças e inspirações culturais, como os afrescos de característica fenícia nos palácios. Os minoicos desenvolveram seu próprio sistema de escrita, conhecido como Linear A, ainda não totalmente decifrado. Mais tarde, sob influência e possível dominação dos micênios, surgiu o Linear B, adaptado para a língua grega. E, claro, não podemos nos esquecer de que essa civilização interagiu fortemente com os povos gregos que se desenvolviam no continente, e uma prova disso pode ser encontrada no mito do Minotauro.
Esse mito é uma longa história, mas, basicamente, mostra que, na cidade de Cnossos, havia um rei chamado Minos, que não havia cumprido sua parte com o deus Poseidon — o sacrifício de um touro branco presenteado pelo deus dos mares. Ao tentar enganar Poseidon, Minos é castigado, e sua esposa se apaixona pelo touro, gerando um filho que foi apelidado de Minotauro. Aqui entra outro personagem mitológico: Dédalo, responsável por construir a vaca de madeira para que a esposa de Minos copulasse com o touro e, posteriormente, por erguer um labirinto para o Minotauro (já que este era uma aberração e matava as pessoas ao redor).
Nesse contexto, temos a participação de Atenas, cidade que Minos derrota e da qual exige o envio de sete homens e sete mulheres para Creta todos os anos. Ele os jogava no labirinto, onde o Minotauro (nhac) comia todo mundo. O rei Egeu, de Atenas, envia seu filho, o herói Teseu, que mata o Minotauro no labirinto. A moral da história é que o mito destaca a grandeza da civilização minoica para os gregos, que, posteriormente, desenvolveriam civilizações palacianas e adaptariam sua escrita (o Linear B), num período que chamaremos de Micênico.




Nossa história vai começar na ilha de Creta, onde, tudo indica, por volta de 8 mil a.C., um povo nômade vindo da região da Turquia tenha se estabelecido na ilha, criando, posteriormente, uma civilização palaciana. Diversas civilizações foram se sucedendo e, por volta de 1700 a.C., temos um período chamado de neopalaciano, no qual se percebe um grande desenvolvimento do comércio marítimo, além da escrita e da arquitetura local. É nesse auge que encontramos o maior de todos os palácios, construído em Cnossos, no morro de Khepala, com um tamanho aproximado de 13 mil metros quadrados. Em geral, os palácios minoicos apresentavam uma grande estrutura, como labirintos, oficinas, estradas, além de aposentos e salas de trono.
De maneira geral, essas civilizações da ilha de Creta mantinham forte comércio com outros povos do Mediterrâneo, como os egípcios e os fenícios, dos quais provavelmente adquiriram crenças e inspirações culturais, como os afrescos de característica fenícia nos palácios. Os minoicos desenvolveram seu próprio sistema de escrita, conhecido como Linear A, ainda não totalmente decifrado. Mais tarde, sob influência e possível dominação dos micênios, surgiu o Linear B, adaptado para a língua grega. E, claro, não podemos nos esquecer de que essa civilização interagiu fortemente com os povos gregos que se desenvolviam no continente, e uma prova disso pode ser encontrada no mito do Minotauro.